Seul quer US$ 4 milhões de igreja por conta de surto de Covid-19

Seita e seu líder são acusados de sabotarem testes e fornecerem informações falsas, o que dificultou o combate à nova onda da doença

| REUTERS 18/09/2020 -


Anúncios incentivam o uso de máscaras na Coreia do Sul, que enfrenta novos casos de Covid-19 Foto: JUNG YEON-JE / AFP

SEUL – A prefeitura da capital sul-coreana Seul anunciou nesta sexta-feira que quer uma indenização de 4,6 bilhões de wons (cerca de US$ 4 milhões) de uma igreja por ter causado um novo surto de Covid-19 ao sabotar esforços de rastreamento e testagem. Uma nova onda de infecções começou nessa igreja após seus membros participarem um grande protesto no centro de Seul em meados de agosto. O surto elevou em centenas a contagem diária de novos casos no país ao longo de mais de um mês.

De acordo com a prefeitura, a Igreja Sarang Jeil e seu líder, o reverendo Jun Kwang-hoon, deliberadamente atrapalharam o trabalho de testagem e forneceram listas falsas de seus membros, o que permitiu o agravamento do último surto da doença.

“A municipalidade busca responsabilizar a igreja e o pastor por contribuírem para a disseminação nacional de uma nova onda de Covid-19 ao sabotarem pesquisas epidemiológicas e fornecerem informações falsas”, disse em nota a prefeitura.

A igreja ainda não se manifestou sobre o processo. Crítico feroz do governo, o reverendo Jun está preso desde o início deste mês por ter participado do protesto de agosto, o que violava os termos de sua liberdade condicional. Ele havia sido detido em abril por ter participado de um protesto ilegal antes das eleições parlamentares e foi indiciado por crime eleitoral.



Comentários

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE