Delegado de MS é suspeito de extorquir presos e fazer ponte entre PCC e FARCs
Está preso desde o dia 24 de junho
| MIDIAMAX/THATIANA MELO
Preso desde o dia 24 de junho quando foi descoberto o sumiço de 100 quilos de cocaína, da delegacia da cidade de Aquidauana – a 135 quilômetros de Campo Grande, o delegado Eder de Oliveira agora é suspeito de extorsão e de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que o delegado extorquia pessoas presas por ele para terem a sua liberdade de volta. O esquema funcionava de forma que Eder indicava a advogada Mary Stella Martins de Oliveira para acompanhar o caso, e o dinheiro pago para a defesa do réu era dividido entre os dois.
Ainda segundo as informações obtidas são de que um dos presos que ajudou o delegado no furto da cocaína seria faccionado internacional do PCC, além de ter ligações com as FARC. Cinco dos presos ligados ao sumiço da droga fariam parte da facção criminosa em níveis diversos de escala dentro do organograma do PCC.
A droga que foi levada da delegacia tinha como destino o estado de São Paulo e de lá seria distribuída pelo país. A cocaína foi avaliada em R$ 2 milhões.
Em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no dia 8 de julho, em Aquidauana foram presos Aires Batista Vilalba, Matheus Oliveira, Greberson Rodrigues dos Santos, de 45 anos, e os investigadores da polícia Paulo Reis e Gil Vasconcelos, além do traficante Nei Ramão de Souza Alvico. No dia da operação batizada de Balcão de Negócios, 12 mandados de prisão preventiva e mais quatro de prisão temporária em Campo Grande e Aquidauana, foram cumpridos.
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A cocaína desapareceu da delegacia no dia 10 de junho. A carga estava na delegacia desde o dia 31 de maio, e o delegado foi preso no dia 24 de junho. Ele está na 3º delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.