"A conta vai chegar", alerta concessionária sobre onda de calor

Com a taxa em vigor, são acrescidos R$ 7,82 a cada 100 quilowatts hora do consumo de energia

| CLARA FARIAS E IZABELA CAVALCANTI / CAMPO GRANDE NEWS


Contas de energia de consumidora de Campo Grande. (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

'Com temperatura alta e consumo alto, a conta vai chegar'. O alerta é do coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, sobre a tarifa vermelha de energia elétrica. em setembro, a conta passará a custar mais caro ao bolso do consumidor, sendo acrescidos R$ 7,82 a cada 100 quilowatts hora do consumo de energia.

Segundo o coordenador, a recomendação é para que o consumidor utilize a energia elétrica de forma consciente. 'Não estamos falando para desligar o ar-condicionado. A temperatura está acima do normal e o consumo seguindo a mesma tendência', explicou Jonas.

Conforme o meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), Vinicius Sperling, os próximos três meses serão de poucas chuvas, abaixo da média esperada. 'Todas as regiões do Estado estão caracterizadas como seca', afirmou. A tendência de chuva deve seguir os 300 a 400 mm em boa parte do Estado.

Em agosto, 31 municípios tiveram chuva abaixo da média. A alta temperatura é um indicativo de que o tempo seco não vai ter trégua, afirmou o meteorologista. Segundo ele, de janeiro a agosto, Campo Grande teve a menor umidade do ar registrada em 11%.

A tarifa vermelha passou a ser aplicada desde o domingo (1°), em caráter emergencial, segundo a Aneel. Conforme a agência, a piora nas condições de geração de energia já estava sendo monitorada.

Em julho, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) pediu para que as termelétricas ficassem de prontidão e já havia sido percebida, com mais frequência, que havia redução da capacidade de atendimento de casas e estabelecimentos comerciais próximos às 18h.

Com o período de seca, e as baixas nos reservatórios de água, as termoelétricas são acionadas para atender a demanda do fornecimento de energia. Esse tipo de usina é considerada mais poluente e mais cara, por utilizarem de materiais finitos, como os fósseis.



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