Moro tem reunião marcada com presidente do Paraguai para discutir acordo de combate ao narcotráfico
O ministro deve desembarcar em Ponta Porã às 12h (de MS) e depois segue de carro ao Paraguai
| UOL

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se reunirá nesta segunda-feira (3) com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e com a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, para discutir a cooperação entre os três países no combate ao narcotráfico. Moro deve desembarcar em Ponta Porã às 12h (de MS) e depois segue de carro ao Paraguai.
A presidência do Paraguai informou na sexta-feira que a reunião, que será realizada no escritório regional da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, terá como objetivo ampliar as ações estratégias promovidas para erradicar plantações de maconha.
Segundo o governo do Paraguai, a iniciativa com o Brasil também despertou o interesse da Argentina, que enviará a ministra de Segurança para participar da reunião com Moro e Abdo Benítez.
"Eles observarão o desenvolvimento das operações nos centros de produção e apreensão de maconha", disse a presidência do Paraguai.
Atualmente, Paraguai e Brasil realizam a operação batizada como Nova Aliança para eliminar plantações de maconha na fronteira.
"A Senad e a Polícia Federal do Brasil construíram ao longo de décadas uma importante linha de integração que registrou o transbordamento de poderosos esquemas de tráfico com alcance transnacional", diz o comunicado da presidência do Paraguai.
Pedro Juan Caballero é capital do departamento de Amambaí, uma região onde há muitas plantações de maconha, droga que tem o Brasil como principal destino.
A cidade também é palco de uma guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), os dois principais grupos criminosos brasileiros, pelo controle de tráfico de drogas e armas.
O Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul. No ano passado, a Senad retirou mais de cinco mil toneladas da droga de circulação, entre apreensões e plantações destruídas no país.