Sequestrador usava aliança da vítima quando morreu em confronto com policiais

João Vitor tinha passagens desde a adolescência

| MIDIAMAX


João morreu em confronto com os policiais - (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Morto em confronto com policiais militares e civis na manhã desta segunda-feira (20), João Vitor Rodrigues da Silva, de 20 anos, usava no dedo a aliança que roubou da vítima que ajudou a sequestrar e roubar na noite do último sábado (18). O confronto aconteceu no Residencial Betaville, em uma casa em que João tentou se esconder.

Segundo o delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros), após a morte de João Vitor, foi constatado que ele usava em um dos dedos a aliança da vítima do sequestro. Ainda não há informação sobre apreensão de outros pertences das vítimas ou dinheiro do resgate.

Ainda de acordo com a polícia, equipes do Batalhão de Choque e Garras foram ao local onde João Vitor estaria escondido. Moradora no Betaville contou que estava em casa, lavando verduras, quando ouviu um barulho, por volta das 10h50. Em seguida, os policiais bateram na porta da casa, pedindo para ela abrir o portão.

Os policiais então disseram para a testemunha se esconder na residência, quando ela ouviu o tiroteio. João Vitor reagiu à abordagem policial e foi ferido. Ele ainda foi socorrido para a Santa Casa, mas não resistiu. Conforme a polícia, o rapaz já tinha passagens desde a adolescência e já tinha sido identificado como um dos autores do sequestro.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o delegado Sartori ainda esclareceu que os criminosos viram a vítima, de 50 anos, em uma padaria. Ela usava joias e isso acabou despertando o interesse dos bandidos, sendo que dois a seguiram até a casa em um Uno azul. Já na residência, invadiram pela garagem e fizeram a família refém.

A mulher e a filha de 21 anos que estava com ela no carro foram rendidas e levadas até o quarto, onde estava o marido, de 61 anos. A todo momento os bandidos faziam ameaças, até que desconfiaram que havia guarda de rua e sequestraram a mulher, no carro dela, um Audi Q3.

Primeiro identificado e preso, Claudinei dos Santos de Oliveira, de 29 anos, disse em depoimento no Garras que foi convidado pelo comparsa para ir à festa do avô dele. No caminho, o suspeito teve a ideia de ‘levantar’ dinheiro, cometendo um roubo.

No caminho, os bandidos viram as vítimas no Audi e as seguiram. Assim que o carro parou na garagem, Claudinei entrou junto e anunciou o roubo, rendendo a família. O comparsa ficou do lado de fora e avisou ao criminoso que o vigilante da rua passou desconfiado. Assim, a dupla resolveu roubar objetos da casa e levar a moradora como refém.

A vítima foi levada para um cativeiro, atrás do Itamaracá, um imóvel que estava em nome de João Vitor. Lá os criminosos tiveram ideia de pedir resgate ao marido dela. De início, pediram o valor de R$ 50 mil, mas o homem disse que não conseguiria sacar o dinheiro e conseguiu negociar.

O marido da vítima sequestrada conseguiu sacar R$ 18 mil, combinou o local com os bandidos e entregou o dinheiro e ainda um relógio Rolex. A todo momento os bandidos ameaçavam a família. Segundo o marido da vítima, foram entre 15 e 20 ligações feitas para ele e os suspeitos diziam que atirariam na cabeça da mulher, caso ele acionasse a polícia.

A refém foi colocada no carro e liberada nas imediações do macroanel. Os bandidos ainda foram para a festa, para não levantar suspeitas. Depois, Claudinei disse que ficou andando a pé pela região, já que sabia que a polícia estava à procura dele. Claudinei foi preso em um bar, depois de tentar esconder o carro usado no crime.

Ele contratou um serviço de guincho e fez ameaças à ex-mulher para que ela o ajudasse.



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