O cabo da Polícia Militar acusado de espancar um adolescente de 13 anos na última quinta-feira (24) já foi afastado das funções até a finalização das investigações. Conforme o major Luiz Cesar de Souza Herculano, a corporação também abriu procedimento para apurar o caso. O crime aconteceu na cidade de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande e garoto está internado na Santa Casa de Campo Grande.

 

Nesta segunda-feira (28) a subseção de Coxim e a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul), publicou uma nota em que repudia o ato e informou que acompanha as investigações. “A OAB/MS, por meio da Subseção Coxim e Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, reitera sua profunda indignação com o ocorrido e espera que todas as medidas legais cabíveis sejam adotadas”.

 

O adolescente de 13 anos de idade deu entrada na Santa Casa de Campo Grande na madrugada deste domingo (27) com diversos ferimentos no corpo e hemorragia, após ser espancado. A família da vítima acusa um cabo da PM de ser o autor das agressões.

 

De acordo com as informações repassadas pela família à Polícia Civil, as agressões teriam ocorrido na última quinta-feira (24), quando a vítima foi agredida com vários socos. A violência foi motivada porque o menino teria jogado pedra no portão da casa da mãe do militar, enquanto brincava com colegas na rua. No entanto, o PM relatou que o menino teria pulado o muro da casa, fato que motivou a agressão.

 

O menino ficou com hematomas nos olhos e como nasceu com um dos rins paralisados, os socos causaram hemorragia na vítima, que foi socorrida ao hospital da cidade e depois transferida no sistema vaga zero para Campo Grande.

 

De acordo com o Hospital Regional Álvaro Fontoura, no momento em que foi transferido o adolescente já estava urinando sangue. A comunicação da Santa Casa da Capital informou que o menino está sendo acompanhado pela especialidade de nefrologia, em repouso e tomando medicamentos. Não há prescrição cirúrgica, conforme a assessoria do hospital.



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