Ganhou a liberdade neste domingo (27) Rudney Machado Medeiros, conhecido como ‘Mortadela’, preso na Operação Omertà no dia 27 de setembro deste ano. Ela fazia parte do núcleo de apoiadores da organização criminosa, segundo o Gaeco.
Rudney deixou o Centro de Triagem, na manhã deste domingo (27), e inclusive, usou as redes sociais para agradecer a liberdade, “Dias difíceis, mas graças a Deus em paz consciência tranquila. Deus sabe de todas as coisas. Obrigado família e amigos pelas orações”. Rudney ficou fora da denúncia maior feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Segundo documento do Gaeco, Rudney fazia parte do núcleo de apoiadores da organização criminosa suspeita de várias execuções no Estado, especialmente em Campo Grande. Ele ficou preso por 29 dias até a sua soltura neste domingo (27).
Na última quinta-feira (24) foi feiro o pedido pelo MPMS (Ministério Público Estadual) a conversão de prisão temporária para preventiva de oito presos na Omertà, policiais civis, Elvis Elir Camargo Lima, Frederico Maldonado Arruda, dos guardas-municipais Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo e Eronaldo Vieira, além do policial federal Everaldo Monteiro, do funcionário do haras Luís Fernando Fonseca e do antigo segurança do empresário Jamil Name, Euzébio de Jesus.
Na sexta-feira (26), a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou pedido de prisão domiciliar a Jamil Name. Esta é a quinta tentativa da defesa para que o empresário deixe o presídio que é negada.
O pedido foi feito em 17 de outubro pela defesa do réu, alegando novamente idade avançada de Jamil Name e também problemas de saúde. Foram anexados ao processo laudos médicos na tentativa de comprovar um estado de saúde fragilizado. O Ministério Público deu parecer desfavorável ao pedido de prisão domiciliar do empresário, que atualmente está no Presídio Federal de Campo Grande.
Omertà
O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.