MPE acusa ex-prefeito de Paranhos de sumir com mais de R$ 1,5 milhão dos servidores

O investigado está morando em Campo Grande e também é suspeito de participação em outras fraudes

| TOP MíDIA NEWS/RAYANI SANTA CRUZ


Foto: Divulgação / Assessoria Geraldo Rezende

Investigado por desviar mais de um R$ 1,5 milhão dos cofres públicos, o ex-prefeito de Paranhos, Júlio Cesar de Souza, ainda goza da plena liberdade morando em Campo Grande. Ele é acusado de ter “sumido” com valores referentes à previdência descontados do salários dos servidores.

Em 2016, o vereador Helio Ramão Acosta (PSDB) ofereceu denúncia que foi acolhida pelo MPE (Ministério Público Estadual). O valor total do suposto desvio é de R$ 1.775,716,59.

Segundo o MPE, o então prefeito teria descontado por 12 meses (janeiro e dezembro) da folha de pagamento, valores destinados ao Instituto de Previdência Social dos Servidores, porém não fez o repasse do dinheiro. Quem pagou a conta foram os servidores.

A Comarca do município de Sete Quedas é responsável pelo processo de número 08.2019.00022354-0. A ação é referente à improbidade administrativa e restituição de valores. 

O ex-prefeito é acusado de ter lesado o patrimônio financeiro do Executivo e do município. O MPE pediu bloqueio de bens do ex-prefeito.

O Promotor pede também que Júlio César pague multa e tenha os direitos políticos cassados.

Morando em Campo Grande, o ex-político também é investigado na esfera federal, no âmbito da operação Toque de Midas, por possível fraude em licitações escolares e desvio de verba de merenda.  

Operação Toque de Midas

A operação, desencadeada pela Polícia Federal em 2017, apurou que na administração de Júlio Cesar houve o desvio de um milhão destinado à merenda escolar, além de fraudes em licitações. 

Um contador da prefeitura de Paranhos foi indicado como membro do esquema de corrupção.

Em outra operação, foi apontada a suspeita de superfaturamento de 367% na compra de livros didáticos. Também na gestão de Júlio César.

O ex-prefeito do PDT entregou o cargo em janeiro de 2017 e, depois das diversas denúncias, não se candidatou à reeleição. À época, Dirceu Bettoni (PSDB) assumiu o mandato. 



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