A3ª edição da “Operação Mata Atlântica em Pé”, segunda de âmbito nacional, desencadeada nesta semana por 17 unidades do Ministério Público brasileiro, apresentou os resultados na última sexta-feira (20). Em Mato Grosso do Sul, o total de multas aplicadas foi no valor de R$ 6.106.990,00. Foram identificados 1.015,63 hectares de área desmatada ilegalmente. Na operação, 62 propriedades foram vistoriadas e 58 autos de infração lavrados.
A ação no Estado foi coordenada pelo MPE (Ministério Público Estadual), por meio do Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental Luciano Furtado Loubet, e contou com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Polícia Militar Ambiental e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
De acordo com o relatório da PMA (Polícia Militar Ambiental), foram levantados no Estado 57 alvos (áreas desmatadas), totalizando cerca de 874,82 hectares de área de Mata Atlântica desmatada. Foram expedidos 42 autos de infração em 16 municípios vistoriados pela Policia Militar Ambiental, gerando R$ R$ 5.369.115,00 em multas.
Já o Ibama fiscalizou 6 municípios, expediu 18 autos de infração, embargou 140,8125 hectares de área, apreendeu 189 toras (aproximadamente 200 m³) de madeira e aplicou R$ 737.875,00 em multas.
Todos os desmatamentos ilegais foram identificados por imagem de satélites e ocorreram entre os anos de 2016, 2017 e 2019. Anualmente, o MPMS, por meio do Núcleo de Geotecnologias (Nugeo), cruza as informações das licenças de desmatamento com as informações das propriedades, gerando laudos que são remetidos para a PMA, Ibama e Imasul, que vão a campo fiscalizar.
Os infratores foram notificados para apresentar um Prada (Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada) junto ao órgão ambiental estadual e poderão responder por crime ambiental, que prevê pena de 1 a 3 anos de detenção, paras as áreas desmatadas em Mata Atlântica.
A operação contou com 18 equipes, sendo 15 da PMA e 3 do Ibama.