Geraldo Resende descarta interesse do Estado em novo “coquetel” contra covid

Secretário de Saúde informou que a prioridade do momento é ampliar a vacinação em MS

| JHEFFERSON GAMARRA / CAMPO GRANDE NEWS


Secretário Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, em agenda oficial na manhã de desta terça-feira (20) (Foto: Henrique Kawaminami)

Na tarde desta terça-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o uso emergencial de uma combinação de medicamentos contra a covid-19. Trata-se de um coquetel batizado de Regn-Cov2, indicado para aplicação no começo da doença, que combina dois medicamentos experimentais: Casirivimabe e Imdevimabe.

A novidade não agradou o Secretário Estadual de Saúde. Ao Campo Grande News, Geraldo Resende, afirmou que o medicamento pode ter um efeito contrário e se tornar um empecilho no combate a covid-19.

“Esse medicamento que supostamente combate os sintomas da covid, na verdade pode ser um complicador na luta contra a doença. Não é um remédio de fácil acesso, não tem produção em massa e não será fácil de comprar. Isso vai acarretar em muitas judicializações de pessoas querendo obrigar o estado a adquirir o produto', disse o secretário.

De acordo com o Resende, Mato Grosso do Sul não tem interesse em adquirir o novo coquetel. “Os esforços deveriam estar voltados para a produção de mais vacinas. Temos interesse só na vacina e em vacinar a população, que é o único meio de frear essa doença', garantiu.

O aval da agência ao uso do medicamento é restrito a pacientes já infectados pelo coronavírus e que estejam hospitalizados. O remédio não será vendido em farmácias e não foi autorizado o uso preventivo para combater o coronavírus. Além disso, o coquetel não substitui as vacinas contra covid-19, pois os imunizantes são pensados para prevenção.

O Regn-Cov2 é indicado para quadros leves e moderados da doença em paciente com 12 anos ou mais, com peso mínimo de 40 quilos, com infeção pelo coronavírus confirmada por laboratório e que possuem alto risco de progredir para formas graves da doença. Isso inclui pacientes com 65 anos ou mais ou que têm certas condições médicas crônicas.



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