Um dia após operação contra pedofilia em Campo Grande, presos ganham liberdade
Ação de delegacia especializada apreendeu 5 terabytes de material pornográfico infantil
| MIDIAMAX
Dois homens, presos em uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (29) contra pedofilia, tiveram liberdade concedida pela Justiça após audiência de custódia, nesta sexta-feira (30). Um editor de imagens de um canal evangélico e um estudante, que foram flagrados com pornografia infanto-juvenil durante diligências da ‘Operação Criança Segura I’ em Campo Grande.
A ação foi deflagrada pela Depca (Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente), que cumpriu, além das prisões, três mandados de busca e apreensão.
Com os presos foram encontrados mais de 5 terabytes de material pornográfico infanto-juvenil. Também foram apreendidos diversos celulares, pendrives, computadores, HD externos que continham o conteúdo pornográfico infantil.
Um dos alvos da ação ainda continua foragido. Ele seria militar aposentado, morador da Vila Jacy, que possui extenso conteúdo pornográfico em suas mídias digitais, as quais foram apreendidas.
Depoimentos
Na delegacia de polícia, o editor de imagens de 38 anos disse que começou a baixar a pornografia infantil por curiosidade. O homem contou que há sete meses entrou em um site para baixar um programa para usar nas edições de seus trabalhos, quando se deparou com o conteúdo, e por curiosidade passou a baixar os vídeos com imagens de crianças e adolescentes todos os dias no fim do expediente, no local de trabalho.
O editor ainda contou saber que era crime o que fazia, mas acabou se tornando um vício. Ele negou que tenha compartilhado qualquer vídeo. Quando foi preso, o editor estava chegando no serviço e carregava com ele quatro HD’s, com 4 terabytes de imagens, sendo que neles só havia material pornográfico infantil.
Um estudante de 24 anos também foi levado para a delegacia por armazenar material pornográfico infantil. O irmão dele, um cabo do Exército, teve de prestar esclarecimentos já que o computador era dele. O cabo disse que apesar do computador ser dele, quem usava era o irmão e destacou que, como passava o dia todo no quartel, não sabia o que o estudante fazia.
O estudante falou que pesquisou por curiosidade o site com conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes. Ele ainda falou que há dois anos fazia o download dos vídeos.
Os dois suspeitos devem responder por dois itens do artigo 241 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que implica sobre a troca, publicação e divulgação de fotografias, vídeos e registros que contém conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. As penas podem chegar até 9 anos de reclusão.