Tereza Cristina, ministra de MS, deu carona a empresários com jatos da FAB

Tereza Cristina também levou desde janeiro, ao menos, 26 políticos, em voos

| TOP MíDIA NEWS/VINíCIUS SQUINELO


Foto: André de Abreu

Ministra da Agricultura e política de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (DEM) está se acostumando a dar caronas a empresários com jatos da Força Aérea Brasileira. A denúncia foi revelada nesta segunda-feira (26), pela Revista Época.

São pelo menos 28 caroneiros desde que assumiu o cargo, junto com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em janeiro deste ano. O uso de aviões da FAB por autoridades é regulado pelo decreto 4.244 de 2002.

A norma estabelece que as viagens pode ser feitas pelo presidente, vice-presidente, ministros de Estado, presidentes da Câmara, Senado e STF, além das Forças Armadas. Não há autorização para o embarque de congressistas e nem para pessoas sem cargo ou função pública.

Resta uma brecha já que a autoridade que solicita o voo é responsável pela lista de passageiros que acompanha a viagem. Porém, o item é polêmico, questionado inclusive pelo Ministério Público Federal.

Dentre as viagens, ela saiu em companhia do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Em Rio Verde, Bartolomeu Braz, presidente da Aprosoja Brasil, pegou carona no voo da ministra.

Tereza Cristina também levou desde janeiro, ao menos, 26 políticos, a maior parte da bancada do setor.

A MINISTRA Procurada pela revista Época, a ministra respondeu por nota que o decreto pede que seja informada a lista de pessoas que a acompanham "não discriminando quem poderá ou não constar da lista". Segundo ela, as viagens ocorreram para compromissos oficiais.

A ministra disse que nenhuma autoridade deixou de viajar por causa da presença dos representantes do agronegócio e poderia "configurar conflito de interesses se a autoridade pública tivesse feito o deslocamento em aeronave de propriedade de empresas ou associações".

A atuação das entidades citadas seria institucional e as interações ocorreram de forma pública e, segundo ela, na forma da lei.



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