Promoção de atirador do sequestro da Ponte causa saia-justa no Bope
Governador prometeu promover atiradores de elite, mas não falou dos negociadores e do grupo de retomada que agiram no caso
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A promessa do governador Wilson Witzel (PSC) de promover apenas os atiradores que participaram da ação estratégica no sequestro do ônibus da linha 2520 (Alcântara-Estácio), na Ponte Rio-Niterói, não caiu bem no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Isso porque os snipers da tropa de elite da PM integram a Unidade de Intervenção Tática ao lado dos negociadores e do grupo de retomada e resgate. Eles também participaram de toda a ação, mas não receberam o aval do governador para a promoção.
O sequestro durou três horas e meia, e os negociadores foram os responsáveis por ganhar este tempo. Foram eles também que perceberam que Willian Augusto da Silva, de 20 anos, estava se afastando do contato e que não seguia uma linha de raciocínio, colocando a vida dos 38 passageiros e do motorista em risco. Já os componentes de retomada e resgate controlaram o ambiente fora do ônibus.
Logo após o fim do sequestro, o governador chegou à Ponte Rio-Niterói de helicóptero e parabenizou a unidade do Bope. "Gostaria de agradecer a todos os integrantes pelo trabalho de excelência que foi realizado. Se não tivessem abatido esse criminoso, muitas vidas não teriam sido poupadas. Serão todos condecorados", declarou Witzel.
No entanto, o progresso de patente foi concedido apenas aos atiradores de elite. "Inclusive eu já determinei a promoção dos atiradores por bravura", afirmou Wilson Witzel, ainda no dia do sequestro.