NAVIRAÍ: COVID-19 provoca caos na Saúde e obriga medidas mais enérgicas

Com 100% dos leitos ocupados, pacientes aguardando internações, pessoas desobedecendo o Decreto 37 e fazendo aglomerações, autoridades da Saúde não descartam lockdown

| PREFEITURA DE NAVIRAI


À esquerda, Patrícia Ribeiro (Diretora Executiva do Hospital Municipal de Naviraí), durante entrevista na rádio Karandá confirmou o caos hospitalar provocado pela COVID-19. Foto: Roney Minella

O Governo de Naviraí está envidando todos os esforços para enfrentar os diversos problemas ocasionados pelo exponencial aumento de casos da COVID-19 no município. A média diária de pessoas positivadas com o coronavírus tem chegado a 45.

Levantamentos da Gerência de Saúde apontam que os 21 leitos clínicos e de UTI disponibilizados para o tratamento estão totalmente ocupados exclusivamente por pacientes de Naviraí. Para socorrer a demanda excessiva, o Hospital Municipal de Naviraí abriu novos 7 leitos, porém, foram imediatamente preenchidos e ainda há pacientes nos corredores aguardando internação.

Diante do caos hospitalar, atendendo determinação da prefeita Rhaiza Matos, os gerentes municipais Josemar Tomazelli (Saúde – interino), Paulo Jacomeli Pereira (Procurador Geral) e Priscilla de Oliveira (Gabinete), reuniram-se para buscar soluções. Para discutir o assunto, as representantes do Hospital Municipal de Naviraí Patrícia Ribeiro (Diretora Executiva) e Neila Daniella Siqueira (Coordenadora de Enfermagem), e Danila Queiroz (coordenadora de Vigilância Epidemiológica) também foram convocadas.

A superlotação hospitalar – apontam as lideranças da Saúde – é o resultado da contaminação em massa que está ocorrendo devido às aglomerações ocorridas em festas familiares, eventos particulares em resorts e outros tipos de encontros sociais onde as pessoas desobedecem o distanciamento social.

Concomitantemente está sendo registrado o descumprimento do Decreto 37 que define os diversos protocolos de biossegurança. Como as determinações não estão sendo colocadas em prática por um grande número de pessoas, novas medidas serão tomadas, muito mais enérgicas e dolorosas, porém, para salvar vidas, antecipam as autoridades.

“A situação da pandemia está muito grave. Enquanto vemos setores do comércio colaborando e cumprindo os protocolos, os organismos de Segurança Pública e Vigilância Sanitária estão registrando enorme descaso por parte de jovens e adultos que não estão levando à sério e mantêm as aglomerações. Por isso, não está descartado o lockdown”, alerta Josemar Tomazelli.

Em Campo Grande, a prefeita Rhaiza Matos, reunida hoje (22) com o Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, discute medidas para o enfrentamento da pandemia com o apoio do Governo do Estado. A intervenção do Estado foi citado pelo Procurador Geral do Município, Paulo Jacomeli Pereira como uma das possibilidades.

“A Polícia Militar e a Vigilância Sanitária estão trabalhando e atendendo muitas denúncias. Mas, se necessário, a prefeita Rhaiza Matos poderá solicitar a presença da Força Nacional para reforçar a repressão contra as aglomerações. É preciso restabelecer a normalidade e uma das formas é combater as aglomerações, principalmente nas residências”, observa Jacomelli.

 

(Roney Minella – Jornalista DRT/MS nº 1.432)



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