Cerca de 40 prefeituras de Mato Grosso do Sul estão “negativadas”, ou seja, praticamente metade dos municípios estaduais que tem o total de 79. Esta situação fiscal negativa foi divulgada em dezembro pelo Tesouro Nacional e tem como base uma análise da capacidade de pagamento (Capag) onde apura as condições de Estados e municípios que desejam realizar empréstimos novos com a garantia da União.

O propósito do índice Capag é demonstrar de forma simples e transparente se um novo endividamento pode representar risco de crédito para a União, através do Tesouro Nacional, e para isso são levados em conta três indicadores econômicos: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez.

Entre os 39 municípios que tiveram a classificação positiva entre A e B, está a cidade de Ivinhema com índice A, o que faculta seu atual administrador eleito a solicitar empréstimo com o aval da União. Nossa reportagem procurou o ex-prefeito Tuta para comentar a respeito: “Tenho orgulho de Ivinhema atingir a nota máxima da Capag, que permite a cidade planejar o futuro com mais segurança, isso demonstra o equilíbrio e a seriedade da minha gestão na administração financeira do município por 8 anos, ficando evidente que não há um grande endividamento como dizem por aí.”

Outros municípios que também se encontram “positivados” está três das cinco maiores cidade do Estado: Três Lagoas, Ponta Porã e Corumbá, além de Sidrolândia, Coxim, Nova Andradina, Maracaju e Bonito e outras.

Já nas 40 prefeituras “negativadas” estão as duas maiores do Estado: Campo Grande, cujo prefeito Marquinhos Trad (PSD) foi reeleito, e Dourados, administrada por Alan Guedes (PP), que tomou posse em janeiro, no lugar de Délia Razuk (sem partido). Ambas as cidades tiveram classificação C.

Onze dos 40 municípios com classificação negativa não forneceram informações necessárias ao Tesouro Nacional. São eles: Alcinópolis, Anastácio, Angélica, Antonio João, Chapadão do Sul, Costa Rica, Eldorado, Figueirão, Japorã, Sete Quedas e Sonora.