A Polícia Civil investiga se substância colocada em carga de glicerina tenha causado explosão que acabou com a morte de Luiz Carlos Martins da Vida, 50 anos, na manhã de ontem (3). O caso aconteceu na Avenida Jamil Nahas, no Polo Empresarial Oeste, em Campo Grande, na empresa Carandá Petroquímica e Serviços, onde ficam armazenados produtos químicos.

Conforme boletim de ocorrência, a testemunha, de 29 anos, motorista do caminhão Volvo, de cor prata, contou que chegou ao local acompanhado por Luiz, irmão de Adão Eli Martins da Vida, 57 anos, dono da carga, para carregar aproximadamente 2.500 kg de glicerina.

Luiz era, segundo o motorista, quem fazia o carregamento no caminhão utilizando uma mangueira no primeiro vagão. Ele contou que estava a cerca de cinco metros do veículo, quando ouviu um chiado muito forte e, na sequência, ocorreu uma explosão. A vítima estava em cima do vagão e foi arremessada.

Ainda segundo relatos da testemunha à polícia, estranhou no momento em que Luiz colocou uma outra substância no vagão. Ele acredita que tenha sido um produto para clarear a glicerina. No local, foram colhidas pelos peritos amostras das substâncias do interior do tanque do caminhão, dos galões que supostamente foram misturadas no tanque e da mangueira. O caso segue sob investigação da 7ª Delegacia de Polícia Civil.

Acidente - Equipes do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas para atender a ocorrência. Enquanto era socorrido, Luiz sofreu parada cardiorrespiratória, foi reanimado pelos militares e levado à Santa Casa, onde faleceu horas depois. Por causa da explosão, o teto do veículo ficou danificado. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, a vítima deu entrada com queimaduras graves causadas por óleo vegetal.