Produção de etanol de MS reduz emissão de CO2 na atmosfera

Montante é equivalente a absorção feita por mais de 400 milhões de árvores

| CAMPO GRANDE NEWS


Maquinário faz a colheita de cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol (Foto: Divulgação)

A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul evitou somente durante 2020 a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera. O volume corresponde à absorção feita por mais de 400 milhões de árvores.

De acordo com a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), a produção estadual somou 2,5 bilhões de litros ao longo do ano passado.

Das 18 unidades sucroenergéticas que atuam em Mato Grosso do Sul, 16 foram certificadas ainda no primeiro ano do RenovaBio (Programa Nacional de Biocombustíveis), criado em 2017.

“Em Mato Grosso do Sul temos diversas iniciativas de políticas públicas em que está inserida a questão da sustentabilidade. Esse conjunto de ações integra o Projeto MS Estado Carbono Neutro e o RenovaBio se alinha exatamente a essa iniciativa e também àquilo que se propõe cada entidade dentro do Acordo de Paris. O RenovaBio traz o conceito da sustentabilidade do agro e da indústria, no caso específico do etanol', analisou Jaime Verruck, titular da Semagro.

O programa reconhece o valor dos biocombustíveis como promotores de sustentabilidade ambiental, monetiza o valor através do CBIO (Crédito de Descarbonização), e faz com que distribuidoras de combustíveis fósseis compensem o índice de poluição dos seus produtos por meio da aquisição obrigatória desses créditos.

O governo predetermina a demanda de CBIOs, estabelecendo a quantidade total que as distribuidoras de combustível terão que comprar a cada ano. Ela deve ultrapassar 80 milhões de CBIOs em 2030 e tenta refletir metas de redução de emissões de CO2 até o período estimado.



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