Vigias denunciam trabalho análogo à escravidão em Ribas do Rio Pardo

De acordo com denúncia, servidores são obrigados a trabalharem 12 horas seguidas em condições precárias

| CAMPO GRANDE NEWS


Ao menos 15 vigias de Ribas do Rio Pardo, a 103 km da Capital, denunciam que estão sendo obrigados, desde 7 de janeiro, a trabalharem 12 horas seguidas por dia, sem intervalo para descanso e alimentação. Na tarde desta terça-feira (19) os servidores municipais entraram com uma petição, de danos morais, contra a prefeitura da cidade.

De acordo com a denúncia, os vigias estão em trabalho análogo à escravidão. Além da carga horária, eles alegam que estão trabalhando na rua, sob sol ou chuva, sem nenhum Epi (Equipamento de Proteção Individual), sem local para fazerem necessidades pessoais e sem disponibilidade de água potável.

Em vídeos enviados ao Campo Grande News (veja acima), os denunciantes mostram que chegam para trabalhar e encontram o local de serviço fechado, obrigando eles a exercerem suas funções na rua e em condições precárias.

Segundo o texto da ação, no dia 06 de janeiro de 2021, na Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, foi realizada uma reunião de trabalho entre os reclamantes e o prefeito municipal, João Alfredo Danieze, além do secretário municipal de administração e governo e do procurador geral do município, onde foram definidas as condições de trabalho atual.

Um áudio dessa reunião está sendo usado como prova na petição feita pelo advogado Marco Teixeira. De acordo com o advogado, nesta quarta-feira (20) é feriado na cidade de Ribas, mas uma cópia da petição deve ser enviada também ao MP (Ministério Público Estadual) e ao MPT (Ministério Público do Trabalho).

Procurado pela reportagem, o prefeito João Alfredo Danieze não atendeu às ligações. Em mensagem por aplicativo, o prefeito informou que vai se pronunciar ainda hoje.



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