Comparsa de preso que comanda golpes pela internet é preso
O flagrante aconteceu após denúncia de um motorista de aplicativo de 55 anos que desconfiou da situação e acionou a PM
| CAMPO GRANDE NEWS

Comparsa de um presidiário que comandava golpes usando a venda de mercadorias pela internet, Guilherme Pereira de Azevedo Gonçalves, 19 anos, foi preso na madrugada desta segunda-feira (4), na Rua Dr. Paulo de Mello, na Vila Nasser, em Campo Grande. O flagrante aconteceu após denúncia de um motorista de aplicativo de 55 anos que desconfiou da situação e acionou a Polícia Militar.
Conforme boletim de ocorrência, o motorista de aplicativo contou que foi acionado por um suposto cliente para ir buscar um quadriciclo elétrico infantil no Bairro Rouxinóis e levar até um endereço na região da 1ª Delegacia de Polícia Civil.
Após buscar a encomenda, o cliente mudou o endereço de entrega para a região da Santa Casa, na sequência alterou para a Rua Dr. Paulo de Mello. Ele se comunicava com o motorista de aplicativo pelo WhatsApp, se identificava como policial civil do Estado de São Paulo e usava como foto de perfil uma imagem alusiva ao uniforme daquela instituição.
Desconfiado da situação, o motorista de aplicativo acionou a Polícia Militar para que o acompanhasse durante a entrega. A equipe, então, passou a acompanhá-lo. Quando chegaram ao endereço, onde deveria ocorrer a entrega, avistaram um jovem sair correndo da residência.
Guilherme foi abordado. Indagado sobre a situação, ele relatou que mora de favor na casa de um presidiário identificado como Tailon Henrique dos Anjos. Segundo o rapaz, Tailon está preso há cerca de 5 anos e aplica golpes pelo site da OLX comprando objetos com comprovantes bancários falsos. Ele, disse à polícia, fica responsável por buscar os produtos nos endereços para depois revender.
Revelou ainda que a esposa do preso estava há duas quadras da casa observando toda a movimentação. A equipe foi no endereço da mulher, mas ela não foi localizada. Guilherme relatou que já havia intermediado a revenda de ao menos nove objetos como: Uma máquina de frango, cinco pneus, dois jogos de cadeiras de plásticos e outros objetos. Pela revenda dos produtos, disse, recebia cerca de R$ 60 por cada objeto vendido. Após a prisão de Guilherme, o motorista de aplicativo passou a receber ameaças de Tailon dizendo que iria incendiar a sua casa e matar todos os seus familiares.
A proprietária do carro infantil elétrico foi localizada. Ela contou que vendeu o brinquedo por R$ 600, mas depois da entrega do objeto descobriu que o comprovante do pagamento enviado pelo WhatsApp era falso. O caso foi registrado como ameaça, coação no curso do processo e associação criminosa.