MS ultrapassa 2 mil mortes por covid
Nesta sexta-feira, a Capital excede em 13% a capacidade de ocupação de leitos de terapia intensiva
| CAMPO GRANDE NEWS
Boletim epidemiológico da covid-19 divulgado na manhã de hoje (18) traz 16 novas vítimas da doença e 1.076 novos casos em Mato Grosso do Sul. O Estado chega a 2.009 mortes desde o início da pandemia, sendo que quase metade (901) eram moradores de Campo Grande, além de 119.079 casos confirmados no total.
Além da marca atingida de quantidade de óbitos, a macrorregião de Saúde de Campo Grande apresenta 113% de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta sexta-feira. Isso significa, segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, que 'há pacientes ocupando leitos que ainda não foram habilitados pelo Ministério da Saúde'.
Com mais de 432 mil testes feitos em Mato Grosso do Sul, boletim atualizado indica que há cerca de 3,8 mil exames que aguardam análise por parte do Lacen (Laboratório Central) e mais de 6,5 mil casos não encerrados pelas secretarias municipais de saúde - um acréscimo na demanda de pacientes relatando que estão se infectando com o vírus.
Perfil das vítimas - Até hoje, a doença foi muito mais letal em pacientes acima de 60 anos. Foram 1.516 pacientes dessa faixa etária que não resistiram à doença. Além dessas, foram 283 pessoas, que tinham entre 50 e 59 anos, que também faleceram ao longo da pandemia.
São 137 vítimas que tinham entre 40 e 49 anos, 55 que tinham entre 30 a 39 anos, 14 que tinham entre 20 a 29 anos, uma que tinha entre 10 a 19 anos, e três com até nove anos de idade.
O mês que mais registrou mortes foi agosto, que teve 489 sul-mato-grossenses levados pelo novo coronavírus. A parcial de dezembro, contudo, já supera em mais de 18% a quantidade registrada em novembro. Veja tabela:
Segunda onda? O ápice de casos de covid-19 em pacientes adultos e idosos de Mato Grosso do Sul já acontece no mês de dezembro, segundo dados do boletim epidemiológico estadual. Na última quarta-feira (9), a média móvel de infectados entre 50 e 59 anos era de 199 casos novos por dia, a maior até hoje.
No mesmo dia, a média móvel de pacientes com mais de 60 anos era de 198,5 - outro recorde.
Já na quinta-feira passada (10), foi registrado o ápice de casos em pacientes de 20 a 29 anos (352,25), em pacientes de 30 a 39 anos (352,25) e entre 40 e 49 anos (283,75).
Curiosamente, a maior média móvel de casos entre pacientes de 0 a nove anos se deu em 28 de agosto, quando 60 crianças se infectavam por dia em Mato Grosso do Sul. Na última quarta-feira (16), a média nesse grupo reduziu mais da metade, indo para 25,71.
Entre pacientes acima de 10 anos, o ápice também se deu na mesma data passada - 93 pacientes se infectavam por dia, enquanto último registro analisado pela reportagem é de 41 casos por dia.
Atuação - O Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), elaborado pelo governo estadual, elenca 52 municípios do Estado com bandeira vermelha, 20 em bandeira laranja e sete, inclusive Campo Grande, em bandeira cinza - essa classificação é a que indica maior gravidade da doença.
Durante transmissão na manhã de hoje, Geraldo Resende mencionou repasse de R$ 11 milhões para a prefeitura da Capital, que devem ser repassados para a Santa Casa de Campo Grande, além de R$ 6 milhões para o Hospital do Câncer.
Outros R$ 2 milhões serão encaminhados para hospitais privados da cidade - Clínica Campo Grande, El Kadri, Proncor e Hospital Adventista do Pênfigo.
Outras regiões de Mato Grosso do Sul também vão ter repasse destinado a Saúde. Dourados receberá R$ 1,5 milhão, enquanto Corumbá poderá contar com R$ 1,3 milhão. Por fim, foi dito também que Três Lagoas terá R$ 1 milhão de verba estadual.