Com salários e 13º atrasados, médicos da Santa Casa ameaçam greve no sábado

Salários estão atrasados desde o 5º dia útil e sequer a primeira parcela do 13º foi paga aos médicos

| CAMPO GRANDE NEWS


Fachada da Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Diante do atraso no pagamento dos salários e do décimo terceiro os médicos celetistas e autônomos da Santa Casa de Campo Grande, planejam entrar em greve a partir do próximo sábado (50). A medida foi decidida em assembleia online, realizada na noite desta terça-feira (15) entre os profissionais e o Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul).

De acordo com o presidente do sindicato, Marcelo Santana Silveira, atualmente o hospital tem cerca de 150 médicos autônomos e 300 celetistas, que são aqueles contratados em regime de CLT. Os servidores cobram o pagamento dos salários - que estão atrasados desde o 5º dia útil de dezembro-, bem como do 13º, cujo pagamento da primeira parcela venceu no dia 30 de novembro.

“A orientação do sindicato é para que os profissionais paralisem conforme prevê a lei, mantendo um numero mínimo de médicos trabalhando de forma que resguarde o direito do trabalhador, mas também não deixe a população desassistida', comentou o presidente do sindicato.

O Sinmed também pede a execução de um acordo feito entre a instituição e o Ministério Público do Trabalho, ainda em junho de 2017, quando o hospital se comprometeu a pagar em dia os salários dos servidores, sob pena de multa no valor de R$ 1,5 mil por dia a cada funcionário prejudicado.

Desde então, os atrasos continuaram ocorrendo, mas a dívida nunca foi cobrada. O valor passa de R$ 6,3 milhões - equivalentes aos dias de atraso do pagamento de cada funcionário - valor este que agora o Ministério Público do Trabalho está reivindicando na justiça, para assegurar o pagamento dos salários atrasados.

“O que aconteceu foi que o MPT não cobrou a execução da dívida porque naquela época os salários voltaram a ser pagos, mas novamente estão atrasando. Se não for feito nada a respeito esse problema vai se arrastar por 2021 inteiro', comenta Santana.



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