Idosa que teve casa incendiada por marido morreu por asfixia, diz polícia

Crime ocorreu no dia 30 de novembro, no Bairro Tarsila do Amaral

| CAMPO GRANDE NEWS


Delegada Maíra Pacheco Machado, da Deam. (Foto: Marcos Maluf)

Dulci da Silva Martinelle, 80 anos, encontrada morta em casa, no Bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande, no dia 30 de novembro, morreu por asfixia após ter o imóvel incendiado. O marido dela, Vicente Mendes de Campos, 76 anos, autor do crime, está internado em estado grave na Santa Casa.

Segundo a delegada Maíra Pacheco Machado, da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), a causa da morte de Dulci foi asfixia, podendo ser pela inalação da fumaça ou do gás do botijão. 'Ele cortou a mangueira e ficou andando de um lado para o outro', disse.

Vicente teve a prisão preventiva decretada e está internado na Santa Casa, sob escolta policial, em estado grave. Ele também inalou fumaça e sofreu queimaduras pelo corpo.

Conforme a delegada, Dulci e Vicente estavam juntos há 10 anos e, ao longo desse tempo, ele começou a apresentar comportamento agressivo e tinha muito ciúmes da vítima. 'Ele proibia ela de ver os filhos e amigos, colocou grades na casa. Ela não saía mais, o único lazer dela era a igreja', comentou.

No dia 20 de setembro, Dulci procurou a delegacia e fez denúncia por ameaça, vias de fato e solicitou medida protetiva. No dia 10 de outubro, ela foi interrogada e reafirmou as agressões e ameaças sofridas.

Menos de um mês depois, no início de novembro, a vítima voltou à delegacia e solicitou a revogação da medida protetiva.

A assistente social da delegacia chegou a ligar para Dulci para entender o motivo de pedido de revogação da medida, mas a chamada foi atendida por Vicente. Ele disse que a esposa tinha problemas de audição e se negou a passar o telefone para a mulher. Dulci foi morta seis dias depois.



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