Guris contra meninos: Grêmio e Santos opõem safras na Libertadores

Duelo pelas quartas reúne times com peças oriundas da base

| LINCOLN CHAVES


© Lucas Uebel/Grêmio FBPA/Direitos reservados

A Arena do Grêmio, em Porto Alegre, recebe nesta quarta-feira (9), às 19h15 (horário de Brasília), os primeiros 90 minutos do confronto entre Grêmio e Santos, pelas quartas de final da Libertadores. O jogo de volta será na próxima quarta (16), no mesmo horário, na Vila Belmiro, em Santos (SP). Quem avançar, enfrenta Racing, Boca Juniors (ambos da Argentina) ou Internacional em uma das semifinais.

Tricolores e alvinegros alcançaram um posto entre os oito principais times da América do Sul construindo suas vantagens nas partidas de ida dos respectivos confrontos das oitavas de final. Os gaúchos, por exemplo, encaminharam a classificação contra o Guaraní (Paraguai) ao vencerem por 2 a 0, fora de casa. Na volta, em Porto Alegre, os gremistas repetiram o placar. Já os paulistas derrotaram a LDU de Quito (Equador) por 2 a 1, na capital equatoriana, e se beneficiaram do gol como visitante ao perderem por 1 a 0 na Vila.

Outra característica em comum na dupla é a importância dos jogadores formados nas respectivas categorias de base. O Grêmio tem um terço dos jogadores oriundos das canteiras. Entre eles, o volante Darlan, o meia Jean Pyerre e o atacante Pepê, fundamentais na evolução do time de Renato Portaluppi em uma temporada que iniciou cambaleante, mesmo com a conquista do bicampeonato gaúcho.

O Tricolor vem de 16 partidas de invencibilidade. Nos últimos oito jogos desta sequência, Darlan (na vaga de Maicon, que se contundiu e retornou como opção no banco) e Jean Pyerre (após se recuperar de uma lesão muscular) ganharam espaço entre os titulares, onde já estava Pepê, vice-artilheiro gremista no ano, com 13 gols. O trio saiu jogando junto em seis dos duelos, com cinco vitórias e um empate. No banco, outras pratas da casa, como o meia Isaque e o atacante Ferreira, também são costumeiramente utilizados.

Acostumado a revelar e aproveitar jovens da base com frequência, o Santos tem metade do elenco composto por meninos da Vila. Parte se explica pela punição recebida pela Fifa, pelo não pagamento de dívidas com outros clubes, o que impede o Alvinegro de registrar novos jogadores. São quatro atletas formados no Peixe no time considerado titular: o goleiro John (que assumiu a vaga de João Paulo, outro prata da casa), o zagueiro Lucas Veríssimo, o volante Alison e o atacante Kaio Jorge.

A predominância da base se percebe, principalmente, quando o técnico Cuca precisa trocar peças contundidas ou suspensas no time titular. Jovens como os zagueiros Alex e Wagner Leonardo, o volante Sandry, os meias Ivonei e Lucas Lourenço e os atacantes Tailson e Marcos Leonardo - todos promovidos do ano passado para cá - são as opções imediatas. Até o meia Angelo, de apenas 15 anos, foi utilizado em 2020, tornando-se o segundo atleta mais jovem a defender o Peixe na história.

No Grêmio, Renato faz mistério sobre a escalação. Preservado na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco, no último domingo (6) pelo Campeonato Brasileiro, Jean Pyerre é dúvida devido a um novo desconforto muscular, que sentiu há uma semana na vitória sobre o Guaraní paraguaio. Outra incerteza é o zagueiro Walter Kannemann, que não atua há um mês por conta de uma lesão muscular. Caso a dupla não inicie, Isaque e David Braz são os prováveis substitutos.

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