Com quatro fases previstas, Ministério da Saúde divulga plano de vacinação contra a covid-19

Secretário destacou que o plano é preliminar e pode ser alterado de acordo com vacinas aprovadas e estágio da doença

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Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução/ Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil)

O Ministério da saúde apresentou nesta terça-feira (2) o plano de vacinação da população contra a Covid-19, que será adotado no Brasil. A expectativa é que 109,5 milhões de pessoas sejam vacinadas ao longo de quatro fases.

O plano preliminar foi defino durante um encontro onde diversos órgãos relacionados a fiscalização e desenvolvimento da vacina estavam presentes. Além das fases, a reunião também discutiu os processos de aquisição de agulhas e seringas para atendimento da demanda.

Durante a reunião, a coordenadora do PIN (Programa Nacional de Imunizações), Francieli Fontana, detalhou que a vacinação deve ocorrer em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses.

Na primeira fase devem ser imunizados os trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.

Na segunda fase, serão priorizadas as pessoas entre 60 e 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).

A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

De acordo com a pasta, todos estes grupos totalizam cerca de 109,5 milhões de pessoas, todas deverão ser vacinadas em duas doses como prevê esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility.

Durante o encontro, foi destacado que o plano de vacinação ainda se encontra em fase preliminar e que sua estrutura final dependerá das vacinas disponibilizadas e estágio da doença no Brasil.

“É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica', disse o secretário de Vigilância em Saúde da Pasta.

Ainda foi dito que dependendo destes fatores, até mesmos os grupos prioritários poderão sofrer alterações.

A coordenadora do PNI também detalhou que o Ministério da Saúde negocia aquisições de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional.

Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana.

Na reunião estavam presentes a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o INCQS (Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes do Conass e Conasems (Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde) e a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).



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